quinta-feira, agosto 03, 2006

Cuba vencerá!

Antes e depois da revolução cubana:
- O povo era na sua maioria analfabeto;
- Em 1952 havia uma taxa de mortalidade infantil de 118 para cada mil nados vivos;
- Em 2006 a mortalidade em Cuba é de 5,56 para cada mil nascidos vivos;
- A esperança média de vida para o nascidos em Cuba é hoje em dia de 77 anos, superior a muitos países desenvolvidos;
- Cuba tem actualmente o maior índice de médicos per capita do mundo, o que permite que o país envie para missões de solidariedade por 77 países, 28600 trabalhadores de saúde, 22000 dos quais médicos;
- Nas faculdades de medicina cubanas estudam milhares de alunos do Terceiro Mundo, além dos 20 mil cubanos. Tudo isto sem gastos!
- O povo cubano é culto e interventivo, participa na vida política e social;
- Se existissem outros “ditaduras” como a cubana, mais de dez milhões de crianças sobreviveriam anualmente, por receberem os cuidados médicos e alimentares adequados.

Dá-me vontade de chorar de raiva e tristeza, vivo eu numa sociedade merdosa sem emprego, sem politicas de saúde concretas, todos dias sonho trabalhar na área para a qual nasci… e que perspectivas tem uma jovem como eu? Sou feliz dentro do possível, tenho trabalho posso pagar as minhas contas, os meus pais pagaram-me os estudos, uma batelada de dinheiro, cada vez que faço um exame ou vou a uma consulta tenho que pagar balúrdios… mas quantos há sem emprego, sem possibilidade de acesso à saúde e educação?? Quantos? Aqui e em todo o mundo??? QUE MAUZÃO QUE É O FIDEL!!! QUE SEMPRE ESTEVE COM O POVO E SEMPRE LUTOU JUNTO DO POVO POR UMA SOCIEDADE JUSTA E VERDADEIRAMENTE IGUALITÁRIA!!!!!! …. Este é o meu blogue e aqui expresso a minha raiva, a minha indignação… "ditadura"???? Quem me dera viver numa "ditadura" dessas, vivo noutra ditadura, na ditadura impiedosa do neo-liberalismo, que liberdades tenho eu?? Os cubanos não podem sair do país, os cubanos não têm liberdade de expressão?? Quem disse??? AN??? Os mass media não é?? Deixem-se manipular à vontade!

Na década de 80, os Estados Unidos começaram a aplicar a seguinte estratégia, reduzir a quantidade de vistos que permitissem a imigração legal para o seu território, e simultaneamente estimular as saídas ilegais, recebendo estes imigrantes como refugiados políticos;- Esta situação agravou-se até à chamada “crisis de los balseros”, até que em 1994 assinaram-se novos acordos migratórios entre Cuba e os Estados Unidos, em que por um lado se despolitiza este assunto e por outro estabelecem-se taxas emigração/imigração e todos os Cubanos, que obtiverem recursos legais para estabelecerem-se em solo Norte-Americano terão as suas condições tal e qual outro emigrante originário de qualquer país. ALGÚEM SABE ISTO?? Falar das coisas sem saber, é fácil não é?? É fácil falar mal de Cuba, principalmente quando os ouvidos são assaltados só por algumas informações, que muitas vezes estão deturpadas!

Mais umas informações:
Vistos em 1988 – 3472;
Vistos em 1993 – 964.
Emigrantes Cubanos Ilegais 1990 – 463;
Emigrantes Cubanos Legais 1993 – 4208.
Depois dos acordos migratórios com os Estados Unidos, conseguiu-se estabelecer valores de 20000 vistos por ano sem contar com os familiares directos de cidadãos Norte-Americanos.
Desde então grande parte dos problemas com emigração ilegal foi resolvida.

Podia falar do bloqueio económico a Cuba, da dificuldade das relações comerciais com outros países, da dificuldade de aquisição de bens essenciais, mas posso afirmar que em Cuba não há situações de miséria, o povo cubano dá a volta ao problema, o povo cubano tem saúde, educação, cultura e alimentação garantidas. Eleições… outra crítica… Quem se alimenta unicamente das informações que aparecem na televisão ou nos jornais da grande imprensa pode não saber, mas na ilha de dois anos e meio em dois anos e meio há eleições para as Assembleias Municipais de Poder Popular, democracia directa, na qual cada pessoa do bairro ou da localidade vota no seu representante. Aquele ou aquela que ali vive e viverá, levando para o poder central as demandas daquele lugar. Nesse tipo de eleição, o protagonista é o povo e a lógica da democracia representativa não tem lugar. Parece não haver espaço para a compra de votos nem para falcatruas de gente que engana o povo com promessas falsas. Os candidatos são escolhidos por seus vizinhos, o voto é secreto, livre e o escrutínio é público. Quem trata das urnas são as crianças, algo único no mundo.

O voto em Cuba não é obrigatório. Feitas as inscrições de votantes, começam os comícios nos bairros e comunidades rurais. É neles que despontam os candidatos que, no mais das vezes, já são aqueles que trabalham e estão inseridos no dia-a-dia das demandas das comunidades. Segundo a lei cubana, uma localidade precisa ter sempre mais de um candidato. Não há eleições com candidatos únicos, por isso, a disputa é sempre grande. Os comícios reúnem milhares e a escolha dos delegados locais é feita nas assembleias públicas. Para se eleger o candidato ou candidata precisa alcançar mais de 50% dos votos. Depois, os eleitos precisam prestar contas periodicamente aos seus eleitores e podem ter seus mandatos revogados a qualquer momento se o povo assim decidir.

Outra coisa interessante no processo cubano é que os delegados eleitos para as Assembleias de Poder Popular não recebem nada por isso e muito menos precisam gastar fortunas para serem candidatos. Em Cuba não há campanhas eleitorais nos moldes que conhecemos. É da responsabilidade das Comissões Eleitorais a exposição das fotos e da biografia dos candidatos.
Quanto ao Fidel e ao seu “absolutismo”, gostavam de ver Cuba como mais uma República da bananas, igual às sociedades comuns e nojentas a que toda a gente está habituado. O meu conceito de liberdade é este! Estarei sempre com a Revolução Cubana sempre! CUBA VENCERÁ!!

11 comentários:

InêsN disse...

é pena que cada "facção" apenas veja o seu lado...para uns só há pontos positivos, para os outros só há negativos.

eu fico-me no meio...com muita pena de não poder aceitar cuba por inteiro.

beijinho

ps - espero que me entendas..

Anónimo disse...

Ninguem tem de aceitar ou nao Cuba!
É aos cubanos que cabe essa decisão e a mais ninguem!
Contra factos não há argumentos...e neste post estão mais que argumentos para me fazer acreditar que a Cuba e a Revolução estão a triunfar!

Cuba Sim...Bloqueio Não!
Viva Fidel e a Revolução!

InêsN disse...

obviamente que só aos cubanos cabe a decisão de aceitar ou não a sua cuba (e só isto dava pano para mangas), eu apenas expressei uma opinião...

quando falei em aceitar poderia ter dito acreditar, seguir, apoiar...etc, etc..

compreende?

ps - já agora...também sou contra o bloqueio, obviamente.

Anónimo disse...

Os cubanos acreditam, apoiam, seguem... na sua maioria a revolução cubana! Quem esteve "realmente" em Cuba sabe isso!

Unknown disse...

Não é uma questão de facções: existe um povo, o único no mundo, que sofre há cerca de 50 anos um bloqueio criminoso por parte da potência mais poderosa do planeta. Esse povo resiste heróicamente e só pretende que o gigante o deixe viver em paz. Ora esse gigante sabe que se o fizesse, Cuba progrediria muito mais do que tem feito até aqui. E isso é impensável para o império. Por isso aprovaram agora, Bush e respectivos sequazes, um orçamento de 80 milhões de dólares para derrubar a revolução cubana. Contra istoe tantos crimes mais, julgo que CUBA, a indomável pátria de José Martí e Fidel, merece a nossa profunda solidariedade.

Anónimo disse...

Eu estou solidário!

Desta Luta não abro mão!

CUBA SIM! BLOQUEIO NÃO!
VIVA FIDEL E A REVOLUÇÃO!

InêsN disse...

ao pedro e aos outros: quando falei em "facções" falei em nós (sim, eu e vocês) que estamos do lado de fora, que acreditamos ou não naquela sociedade, naquele regime. tal como vocês podem dizer que apoiam totalmente o regime de fidel, eu posso dizer que não concordo com muitos aspectos do mesmo. posso dizer ainda que tenho muita pena. porque acredito numa sociedade comunista.

mas noutros moldes...

ps - e mais uma vez afirmo que sou totalmente contra o bloqueio.

ps1 - dijambura, desculpa os vários comments mas é um assunto que (também) mexe muito comigo..

Dijambura disse...

Estão à vontade! Assim é que eu gosto! Debate e confronto de ideias! Debate saudável ;)!!!
E já agora na minha opinião (e não leves a mal inês) mas quem acredita numa sociedade comunista, à partida concorda com a revolução cubana e com o seu caminho para o comunismo! Qual é a tua ideia dos moldes em que deve assentar uma sociedade comunista?

InêsN disse...

uma sociedade livre. totalmente livre.

Dijambura disse...

Eu também aspiro a sociedades livres, e a minha forma de olhar para cuba assenta nos meus padrões da liberdade e igualdade, próprias das sociedades socialistas e comunistas... pena é que tentem ferir essa liberdade! A nossa forma de percepção e de captação da realidade é concerteza diferente! Os homens não percepcionam o mundo da mesma maneira, nem assimilam o conceito de liberdade da igual modo! beijocas

Unknown disse...

Eu sou comunista e se algo aprendi no meu PCP, e com a sua história de resistência e luta, é que nós não seguimos nem defendemos modelos. O que é válido num determinado país pode ser inadequado noutro. Aliás, acredito que um dos erros de muitas experiências que hoje se considera falhadas teve a ver exactamente com a transposição acrítica de modelos.
Mas relativamente a CUBA, não é disso que se trata Inês. Eu apoio aquele povo e aquela revolução, partindo do pressuposto de Pablo Milanés (ou Sílvio Rodriguez, não sei bem,)que numa canção belíssima sobre a Ilha, diz: "Não vivo numa sociedade perfeita e peço que não se lhe dê esse nome". Claro que não é uma sociedade perfeita,porque como se refere na canção, é feita por mulheres e por homens, mas quando se observa as conquistas que apesar de tudo alcançou (e o apesar de tudo é um estado de guerra permanente declarado pelos EUA)não pode senão sentir-se um imenso respeito e admiração.
A discussão que tem ocorrido neste blogue é muito importante. Assim pudéssemos nós discutir todos os problemas que nos assolam na sociedade portuguesa. Infelizmente, nesta sociedade que seguramente o Belmiro de Azevedo considera livre, opinião partilhada pelos cronistas do regime, a nossa liberdade limita-se a votar, acriticamente de quatro em quatro anos.