São uns cientistas pedantes sem senso de humor que corrigem erros gramaticais em cartas de amor
quarta-feira, abril 26, 2006
Cumplices
Uma sala, uma porta que adivinha um corredor...
Gente que espera, olhares cumplices e tristes,
Um brilho estranho mistura ânsia, dor, esperança, pânico...
O olhar que se precipita perante qualquer movimento além porta.
A hora certa foi ultrapassada já por uns minutos.
Corações palpitantes, no rosto espelhado o medo.
A porta abre ... a descoordenação é grande,
a voz diz que há alguém que não pode entrar.
Alguém ficou petrificado e paralisado perante as duas possibilidades,
os outros decidem quem entra, quem vai primeiro ou depois...
A veste própria, o procedimento obrigatório e o medo....
Ali estão eles expostos e desligados.
A impotência é medonha, querem-se respostas.
Existem duas possibilidades e são sempre as mesmas.
Há dias de mais pranto, há dias de mais esperança
Mas há sempre uma mistura de expressões que nos atordoa....
Quando um acorda os outros projectam no seu aquela possibilidade
Todos sabem como é, e a cumplicidade existe de facto,
embora ninguém descreva sentimentos de certo semelhantes.
As poucas palavras andam à roda das evoluções, das estagnações,
das incertezas ou da certeza derradeira....
Quando chega a certeza derradeira a alguns,
todos sofremos como se fosse o nosso,
todos sabemos como é e por isso somos cumplices.
Felizmente nós ultrapassamos a corda do malabarista.
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3 comentários:
Ora aqui está... Cumplices... sermos cumplices de alguem amigo ou marido ou namorado... É faboloso (no meu ver)... Porque se sente... sente se a tal cumplicidade.. que vai para alem da verdade, do que é certo, do que tem de ser...
Sente se esse elo de ligação e isso torna duas pessoas numa so, em perfeita sintonia. Não é preciso dizer, prevenir ou explicar...
Sente se...
Aqui os cumplices eram desconhecidos, isso tb é possivel em determinadas situações q creio ser esta!
Desconhecidos perante uma situação de dor comum!
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