
Livra! Conheci Odivelas.... que sítio tenebroso, eu que desejo viver e trabalhar numa zona mais rural agradeci 10000 vezes por trabalhar em Lisboa, numa cidade bonita.... ia para uma entrevista, quando sai do Metro não fazia a mínima ideia onde era a rua e perguntei a uma rapariga que me ofereceu uma mega boleia no carro da irmã... incrivel... que sorte!
As duas irmãs eram incrivelmente simpáticas, eram do Cadaval e queixaram-se que nas zonas das grandes cidades ninguém confiava em ninguém... mas elas confiaram em mim e eu fiquei muito agradecida.... quando entrei no prédio da entrevista soube logo que ali não poderia trabalhar, longe de transportes, no meio de prédios medonhos, a possibilidade de adaptação correria riscos... o lugar era para alguém mais experiente que eu naquela área, dar formação em técnicas de relaxamento a psicólogos e aspirantes... livra estou farta de adultos, e aquela terra era feia...
Não senti descontentamento, nem frustração, e com alívio dirigi-me à saída e ao metro urgente para a cidade de Lisboa, perguntei a duas jovens que passavam na rua onde era o metro, elas iam para lá e persegui-as até à entrada aliviada no subterrâneo. Ainda me fartei de andar!
Já estou na empresa onde trabalho as 8h diárias, o silêncio impera, cada pessoas ouve a sua música e mergulha no egoísmo do seu trabalho, não nasci definitivamente para isto e não sei que solução encontrar para o meu problema.
Ontem estive a trabalhar na escola, e senti-me tão integrada e feliz, a cor, o barulho dos miúdos, as conversas com os alunos... vou voltar para a semana, espero dar conta do recado... falar de sexualidade com adolescentes é sempre uma tarefa para mim fascinante mas a responsabilidade é enorme.
São estas alegrias que me fazem não desistir e não virar as costas às 8 horas diárias de claustrofobia constante, mas está a tornar-se cada vez mais dificil, principalmente quando no dia anterior tive uma experiência na escola ou na clinica. Se pudesse passar lá os meus dias era o caminho para a minha alegria completa, mas as dependências financeiras impedem-me de o fazer.
Já estou um pouco melhor da neura mas ainda a tenho...