quinta-feira, maio 04, 2006

Brasileiros em Vila do Rei


Brasileiros para povoar Vila de Rei

Câmara quer combater a desertificação do concelho.
Chegam esta quinta-feira a Vila de Rei as primeiras quatro famílias brasileiras das 60 que a presidente da Câmara quer levar para o concelho. A autarca Irene Barata promete um salário, escola para as crianças e alojamento gratuito aos brasileiros que se fixarem no concelho.

Para combater a desertificação, a presidente da Câmara de Vila de Rei foi até à cidade brasileira de Maringá prometer um salário de 400 euros, escola para as crianças e alojamento gratuito às famílias brasileiras que quisessem fixar-se no concelho. Irene Barata quer que até 2008 vivam no concelho cerca de 250 brasileiros. Ao desafio responderam 736 candidatos e só não responderam mais porque a prefeitura de Maringá encerrou as inscrições.

A viagem das primeiras famílias já esteve marcada várias vezes, mas complicações com os vistos foram adiando o embarque que acontece agora. Do Brasil para Vila de Rei vêm assistentes sociais, marceneiros, pasteleiros, uma jornalista e um professor, mão-de-obra que não existe no concelho que está no centro geodésico de Portugal.

Sic Online

Estou indignada!! Sou totalmente a favor das políticas de emigração, considero importantissimo o trabalho realizado em todo o mundo pelos povos emigrantes, nomeadamente em Portugal, os emigrantes agarram postos de trabalho que a maioria dos portugueses não quer, são muitas vezes mão de obra explorada, fruto das sociedades neo-liberais, sou a favor dos seus direitos, da sua integração e da sua qualidade de vida digna. Mas esta situação parece-me completamente bizarra, não há condições de emprego, nem de vida nas regiões do interior do país para os jovens se fixarem, e é com muita tristeza que digo isto. De repente aparece uma autarquia a oferecer condições de vida a estrangeiros, educação e habitação gratuitas e um salário (muito baixo mas um salário) porquê que essas mesmas ofertas não foram dadas às milhares de familias portuguesas que enfrentam o desemprego e uma vida de dificuldade constante?? Pode-se até avançar com a ideia que os portugueses não querem empregos no interior e dai ter que se partir para este tipo de solução mais drástica num distrito em que a desertificção é enorme. Mas parece-me que primeiro se deveria tentar no país. Longe de mim defender visões xenofobas mas porra dá que pensar.

À chegada:
Envergando ‘t-shirts’ amarelas, oferecidas pela Associação do Brasil em Portugal, que receberam na breve recepção na Câmara, dirigiram-se para o Lar Gracinda, em S. João do Peso, onde alguns vão ficar alojados. O casal Letícia e Marcelo Duarte, de 34 e 30 anos, acompanhados pelos filhos, de seis e onze anos, foi atraído pela ideia de “morar num local tranquilo e com qualidade de vida”. E querem “ficar para sempre”. A psicóloga e o analista de sistemas informáticos até já estão a pensar em trazer a mãe dele em 2008.

Mais....
A aposta estratégica do executivo assenta num crescimento exponencial, em dois anos, nos instrumentos de apoio à terceira idade. Na sede do concelhovai nascer, de iniciativa privada, um centro de lazer e bem estar, com 300camas, estando o início da construção previsto para Março próximo.Em fase mais adiantada, nas freguesias de São João do Peso e Milreu, estão as obras de dois lares, cada um com capacidade para 70 utentes. Neste caso os equipamentos serão geridos por Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).No total das três obras, o investimento previsto ronda os seis milhões de euros e abrangerá 440 camas. Para o normal funcionamento destes espaços, sãoprecisas 280 pessoas que, segundo Irene Barata, "o concelho não tem". Será pois para cuidar dos idosos, e não para a construção dos lares" que virão os brasileiros, assegura.

Quantos psicólogos, assistentes sociais, animadores sócio-culturas entre outros há no desemprego?? E quantos à mercê de estágios não remunerados? Parece-me que aceitavam de bom grado esta hipótese não?

Os srs autarcas devem querer continuar a encher o cú no Brasil afinal isto resulta duma geminação com a cidade de Maringá.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não me importava nada 400 euros, casita e tal, uma terriola gira, como chegámos a isto? Porquê que não em perguntaram a mim?

Anónimo disse...

tens toda a razão em estar indignada. sou a favor que se criem condições de vida para os emigrantes que residem em portugal, mas sinceramente não sou nada a favor que os vão buscar ao brasil para virem para cá morar com promesssas de uma vida melhor. então e os portugueses q se encontram desempregados, não gostariam estes de ter esta oportunidade... estou chateada. aliás nem sei como este comportamento foi permitido...

Anónimo disse...

Junto a minha voz a esta indignação!