Avaliar professores

O Ministério da Educação (ME) quer que os pais passem a participar na avaliação do desempenho dos professores dos filhos, necessária para a progressão na carreira dos docentes.

Segundo a proposta de alteração do Estatuto da Carreira Docente (ECD) que o Ministério apresenta hoje à comunicação social e aos sindicatos, cada encarregado de educação individualmente vai fazer uma avaliação do trabalho dos professores que dão aulas aos seus filhos, uma apreciação que será depois tida em conta, juntamente com outros factores, para a subida de escalão por parte dos docentes.

Mais uma medida absurda neste país em que se passa tudo ao contrário! Ora, se um tipo é professor e a sua função é ensinar, a avaliação das suas funções feita desta forma parece-me absurda, se assim fosse os doentes passariam a avaliar o trabalho dos médicos, entre outras avliações laborais.

A maioria dos pais não participa na vida escolar dos filhos, não conhece os professores nem a realidade escolar, não aparece sequer nas reuniões de pais.

Há pais participativos mas há pais menos ou nada participativos, tal qual como há bons e maus professores.

É claro que os pais devem participar activamente na vida escolar dos filhos, mas de uma forma equilibrada, em conjunto e dialógo com os agentes educativos, esta medida é um tanto ou quanto fascista, um pai desinteressado e sem conhecimentos da realidade escolar pode avaliar sem escrúpulos o trabalho do professor.

Já agora acho que também seria importante ouvir os alunos, que me parecem que nunca são levados em conta, a participação deles e a sua opinião face ao ensino é fundamental.